domingo, 25 de março de 2012

ETERNAS LEMBRANÇAS


Saudades eternas!

Lembranças dos dias em que saborear uma comida feita de uma panela de barro era o resto do dia mais satisfeito e completo. Lembranças das chuvas de verão que íamos esperar camarão, pitu e peixes nos rios do poço comprido. Nas semanas mais santas ir às 3 horas da manhã em procissão da via sacra, comer aquela peixada, fazer Judas de palhas de bananeira, não subir nas árvores, enfim, era uma tradição muito legal que hoje estar sendo extinta.
Outro ponto bastante importante na história do povoado de Mata Verde e que ficará eternamente gravados em nossas memórias é do Sr. José de Almeida conhecido como Zé da bé. Homem que desde sua mocidade era divertido alegrava as noites de sábados, domingos e feriados com o bazar de prêmios, ele "nunca seguia a nova regra ortográfica", era fascinado pela letra G (guê), era divertido, até mesmo com os significados dos números:
·        Menino traquino ou Mata verde estar em falta de número 24.
·       Violão sem braços de número 8,
·       Sapatão de número 44,
·       Começou o jogo de número 1,
e muitos outros...

"O tempo pode apagar lembranças de um rosto, um corpo, mas jamais apagará lembranças de Pessoas que souberam fazer de pequenos instantes, grandes momentos."
Quem conhece a felicidade não consegue mais aceitar humildemente a tristeza

José Menezes


    Outro filho da terra que ficará guardado em nossas lembranças, e muito merecedor de nossas recordações é do Sr. José Menezes conhecido como (Borrego). Era carismático com a população de Mata Verde, alegrava as noites de São João com os lindos e gigantescos balões, era de personalidade forte, brincalhão. Foi á primeira pessoa a registra em vídeo cassete as festas de frevo, guerreiros, quadrilhas e entre outros.




As coisas boas da vida..
não são aquelas que duram para sempre.
Más são aquelas que deixam boas recordações.

Professora: Nelma Rocha
Falar desta pessoa contagia um espírito de imensas e eternas lembranças. Filha desta terra mata verdece professora de excelente qualidade, meiga doce e prestativa. Todos os alunos que estudaram com ela sabem muito bem como ela se dedicava nos seus planos de aulas, de uma inteligência sem explicação.
Lembrando também da Professora Marinalva, que exerceu um papel muito importante na aprendizagem desta comunidade.

Tia Nem e Sebastiana

Figuras importantes na religião da comunidade. Devota de padre Cícero e São Sebastião elas conquistavam a comunidade com seus jeitos calmos e serenos, rezavam e ensinavam a seguir os passos de cristo através de suas belas orações. Um raminho verde nas mãos saia curas através de suas suplicas a Deus. Não tinha dor de dente, cabeça, coluna que não fossem curados.

Dr. Ulisses Botelho


Ele mandou construiu a primeira Escola Rural Amélia Torres em homenagem a mãe do Dr. Abdon Torres, onde Hoje a Escola chama-se: Escola Estadual Barão do Rio Branco. Em 1948, ele mandou construir uma ponte de madeira que dar passagem para o comércio do povoado, que em 1988 foi reformado. Em 1949, Ele mandou construir o Mercado Público, nesta mesma época surgiu a primeira energia movida a motor a dicil e água. Ele ampliou verbas para o abastecimento de água por meio de cacimbas, que ao longo do tempo as famílias encontraram nas riquezas naturais, nascentes de águas para abastecer suas casas sem precisar da CASAL ( Companhia de Abastecimento de água e Saneamento de Alagoas ).Segundo os moradores antigos foi uma grande festa de inauguração com grandes convidados políticos.Em 1960, Ulisses Botelho doou suas terras para o primeiro cemitério local. Com o passar do tempo no governo de Eurico Juvi de Almeida em 1986, construíram os muros do cemitério (Cemitério São João), foi dado este nome pela memória de João Rua, que também fez parte dos primeiros moradores da localidade. Ainda hoje restam três imagens de madeira que ele comprou de juazeiro pra colocar na primeira igrejinha do povoado: Santa Paula, São Francisco e Santa Ana.

Em 1960 ele doou suas terras para a construção de um mini-posto de saúde, onde 1980 foi reformado (Posto Antônio Rodrigues da Costa) filho dos primeiros moradores deste povoado.
Ana Lúcia Basílio

Mulher guerreira e forte de espírito, com uma suavidade nos olhos merecedora das nossas recordações.
Certo dia nasceu um pássaro que ao longo de sua vida aprendeu a lidar com os ventos fortes da vida, mas nunca desistia de voar. Era o melhor pássaro da região, onde muitas vezes sabia orientar os outros pássaros a enfrentar os vendavais da vida e dos caçadores. Suas melodias se misturavam com as suavidades das flores da brisa da manhã. Era de uma olhar carinhoso, de uma beleza sem explicação. O tempo da vida foi mostrando dificuldades, suas asas já estavam esgotadas, não havia mais forças para enfrentar as grandes chuvas maliciosas. Sua única esperança estava nos outros pássaros, mas os pássaros não deram a mínima importância. Restou que este pássaro foi laçado pelos caçadores. Não havia chances da liberdade, a prisão criou feridas de sofrimento, onde antes era vida, agora pressionado num vale de lágrimas e sombras. O que fazer? Diz o pássaro! Apenas cantar e cantar, pra minhas lagrimas não caírem de tanta felicidade.

Esta é uma metáfora da vida, onde estamos sujeitos a cair num vale de sombras, mas nunca desistir de cantar e cantar agradecendo a Deus pelos sofrimentos. Porque Deus não olha sofrimentos, mas tudo aquilo que você fez ou faz de bom pelo próximo.
Tenho a maior certeza que você se pergunta: mas ela desistiu da vida! Como pode cantar e cantar de felicidade?
Ela desistiu da vida carnal, mas da vida espiritual só resta canta e cantar de felicidade diante de Deus.
Quem conheceu a Ana Lúcia, sabe muito bem que ela foi este lindo pássaro que ao longo da vida soube amar, respeitar, educar sua família nos limites do amor de Deus.
Angústia por não estar conosco, alegria por ter comprido tudo àquilo que só o amor constrói.


Lembrança é quando, mesmo sem autorização, o seu pensamento reapresenta um capítulo.
Adriana Falcão





Saudades eternas a todas as famílias da comunidade de 
Mata Verde, que partiram desta vida para eternidade!

domingo, 18 de março de 2012

MINHA TERRA!!


Referir a este povoado como espelho de belezas, é mostrar que nela há pessoas que podemos nos surpreender com tantos talentos, mas que na verdade estão ocultas e sem chances de brilhar. A vida parece até que para no cotidiano.
O que não é normal é à maneira de trabalho sem reconhecimento, e ainda sim é clandestino sem chances dos direitos trabalhistas. Jovens que passam anos e anos estudando enfrentando os perigos das estradas, conclui o segundo grau restando apenas às pedreiras como porta do futuro.
Buscar soluções Profissionais bem longe de sua terra natal torna-se um pesadelo mental, tornando ainda mais frustrante à saudade de casa ou daquela comida que só a mamãe sabe fazer. E quando saudade aperta só resta olhar as fotos que estão neste blog aumentando as lagrimas das lembranças infantis e dos momentos mais risonhos da vida.



magas e jacas do sítio chapéu no poço comprido