Igreja Santa Paula e Festas Religiosas


                IGREJA SANTA PAULA



          A igreja Santa Paula, levou 20 anos para ser construída. Os primeiros passos da construção da igreja, foi pela família Paula, que teve início quando eles fizeram a capelinha para enterrar o primeiro filho de Francisco e Paula, eles viram que a quantidade de devotos de Santa Paula estava aumentando, resolveram levantar outra igreja de taipa perto de sua casa, mas com a grade dificuldade climática, as chuvas caiam no lajedo formando um córrego que danificava a capelinha. Não desistindo da construção, resolveram construir de tijolos e pedras enormes que eles mesmo fabricavam durante o sábado que era o dia em que todas as famílias paravam de trabalhar no campo para a construção da igreja. As mulheres também ajudaram na construção carregando potes de águas na cabeça, enquanto seus esposos e filhos batiam o barro no saco sem cimento.
         Quando tudo parecia estar pronto, eles não conseguiram construir a torre da igreja. E com o grande conhecimento que eles tinham da cidade de Marechal, eles resolveram contratar um pedreiro dessa cidade para terminar a obra que encerrou em (12 de Fevereiro de 1912) com a celebração da santa missa de inauguração.

 REFORMA DA IGREJA SANTA PAULA


No ano de 2009, foi dado o inicio da reforma da igreja Santa Paula, que contou com ajuda da população e da prefeitura de Maribondo doando os tijolos, cimentos, telhados e pequenas quantias de dinheiro para a reforma. No dia 17 de Fevereiro de 2011, finaliza a construção da igreja Santa Paula.



VEJA AS ETAPAS DESTA REFORMA:
















Tudo pronto, veja como ficou a nova igreja de Santa Paula




DIA 17 DE FEVEREIRO 2011 FINALIZOU A CONSTRUÇÃO DA IGREJA SANTA PAULA.
          
            FESTAS RELIGIOSAS

     Diversas manifestações religiosas são comemoradas neste povoado, merecendo destaque a festa da padroeira Santa Paula, que anualmente é festejado no mês de Fevereiro que foi o mês que a igreja foi terminada a construção, mas sem data fixa. Nesta festa concentram-se parques de diversões, barracas de bijuteria, bancas de variados jogos infantis, apresentação de banda de pífanos que são os próprios moradores de Mata Verde que animam, novenário e 4 dias de missas festivas celebrados pelo páraco padre Cícero Calvacante , animado leilão de animais de pequeno e grande porte e objetos que são doados pelos adeptos, como também uma grande participação da população durante as 4 noites de festas encerrando com a procissão conduzindo a imagem da padroeira pelas principais ruas do povoado.

      Esse evento tem inicio, com a abertura do esteamento da bandeira da padroeira entre as famílias que percorre em procissão com bandas de pífano e pipocos ecoantes de foguetes. Na celebração final da festa é entregue a bandeira para outra família que durante um ano ficará com ela em plena responsabilidade para o próximo ano entregar para família seguinte.

São as 3 imagens que João Rua fez para colocar na primeira capelinha do Povoado de Mata Verde.
SANTA PAULA, SANTA ANA E SÃO FRANCISCO.



 A comunidade de Mata Verde acolhendo Chegada de Nossa Senhora de Fátima e dos missionários de Marceió.
     
Outra comemoração bem lembrada é a chegada de Nossa Senhora de Fátima trazidos pelos missionários de Maceió no mês de Setembro, que conta com uma grande quantidade de devotos na celebração da missa campal. Esta festa termina depois de longas noites de vigília ao Santíssimo sacramento.
      Comemora-se também no dia 12 de Dezembro, no sitio Poço Comprido a festa de Santa Luzia que concentra a população dos povoados e sítios vizinhos para festejar este grande evento. São 2 dias de festas com o encerramento da novena e leilão, e finalizando com a celebração da Santa Missa.
     

   CAPELINHA DE SANTA LUZIA EM POÇO COMPRIDO

Todos os anos no dia 1° de Maio, festejam o dia especial dedicados a Maria mãe de Jesus, que no percorre do mês os devotos rezam e cantam belos e antigos cânticos religiosos. No derradeiro dia do mês a comunidade se reúne na igreja para contemplarem a bela coroação de Nossa Senhora de Fátima que encerra com a procissão luminosa nas principais ruas.
      São lembradas também as comemorações da quaresma, onde os devotos saem em via-sacra na Sexta-feira santa para o sitio Poço Comprido.
      Na igreja Santa Paula participa ativamente os grupos de orações católicas: Legião de Maria, Vicentinos, Grupo do Espírito Santo RCC, Homens do terço, Quatequese, 60 famílias que recebem o oratório de Nossa Senhora de Fátima e Mãe Rainha.

             A HISTÓRIA DE SANTA PAULA

        
  Paula nasceu no ano de 347 em Roma, descendia de tradicional família da nobreza desta corte. Aos quinze anos casou-se com Taxozio, que embora pagão, tolerava os cristãos. Ela era riquíssima e vivia no esplendor da opulência da aristocracia romana. Porém esta condição social não afetou seu caráter, não era uma pessoa orgulhosa o que a fazia ser amada e respeitada por todos, ricos ou pobres.
      Teve cinco filhos todos educados dentro da religião cristã. Sua vocação religiosa sempre foi muito forte, sentindo-se atraída pelo ideal ascético de outras damas da corte que, em Aventino, viviam em comunidade na casa de Marcela, hoje Santa. Ela transformara sua moradia quase num convento, onde se dedicavam às orações, caridade, penitência e a aprenderem a Palavra de Deus.
      Em 379, Paula ficou viúva. Ao lado da filha Eutóquio, cujo nome escreve-se assim mesmo, decidiu ingressar na comunidade de Marcela, que então já era orientada por Jerônimo, Bispo de Hipona, que depois se tornou um Santo e Doutor da Igreja e cujo pensamento continua a influenciar o rumo da Igreja de Roma.
      Não demorou muito tempo, Paula e a filha transformaram sua casa num mosteiro. Nela hospedou Epifanio, Bispo de Constança, que junto com Jerônimo e Paulino, Bispo da Antioquia chegaram a Roma para o sínodo de 382. Com ele, Paula pôde conhecer melhor a vida monástica dos eremitas egípcios. Depois, os dois bispos partiram e Jerônimo ficou em Roma como secretário do Papa Dâmaso. Então ele passou a guiar pessoalmente o mosteiro de Marcela orientando espiritualmente as religiosas e formulando as regras da nova comunidade.
      Mais tarde com a morte do Papa, Jerônimo voltou para sua diocese no Oriente, acompanhado por Paula, Eutóquio e outras religiosas. Elas foram peregrinar na cidade santa da Palestina e por todos os outros lugares Santos. Quando chegaram em Belém, Paula decidiu fixar sua residência alí.
      Logo ela construiu dois mosteiros, um hospital e uma pousada para peregrinos dedicando-se ao ensinamento litúrgico e ao estudo da Palavra de Deus. A vida era rústica e Paula se tornou o exemplo na oração, penitência e caridade, executando os serviços mais humildes e atendendo os pobres e doentes. Para estes, ela dispôs de todos os seus bens e sua vida. Patrocinou inclusive muitos religiosos, especialmente Jerônimo, que graças à Paula pôde completar sua grandiosa obra de comentários e versões.
      Ela morreu no ano 404 em Belém, e foi sepultada na Gruta de São Jerônimo na Igreja da Natividade nesta cidade, na Palestina. Seu culto se difundiu por todo o mundo católico, graças a São Jerônimo que escreveu sua biografia. A igreja confirmou a festa de Santa Paula Romana que se realiza no dia 26 de Janeiro.

                  ORAÇÃO DE SANTA PAULA

      Ó Senhora Santa Paula, cuja proteção é tão grande, tão forte, tão imediata diante do trono de Deus, coloco em vossas mãos todos os meus interesses e desejos. Auxilie-me com a vossa poderosa intercessão as bênçãos espirituais, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor, para que, tendo-me comprometido neste dia especial, eu possa oferecer minhas graças e homenagens a mais carinhosa e amável das mães. Oh Santa Paula, como ouviste as narrativas de São Jerônimo sobre o amor de Cristo na cruz, e que por este mesmo amor tu deixaste todas as riquezas e comodismo do mundo, eu me comprometo da mesma forma de não ser escravo do comodismo e dos bens matérias. Eu creio que podeis acudir os meus votos, livrando-me das penas que me entristecem e das amarguras de que sofre a minha alma. Tenho, além disso, confiança em que nada deixareis de fazer em favor do aflito que vos implora socorro. Ó Senhora Santa Paula, sois a minha única consolação dada por Deus, tende piedade de minhas súplicas e de minhas lágrimas, cobri-me com vossa misericordiosa proteção. Assim seja.

SENHORA SANTA PAULA- ROGAI POR NÓS.

       Santa Paula


Digna discípula de São Jerônimo

     De uma das melhores famílias da aristocracia romana. Viúva, dedicou-se ao estudo das Sagradas Escrituras sob a direção de São Jerônimo, e com ele fundou mosteiros.Plinio Maria Solimeo



Santa Paula (esq.), junto com Santa Eustáquia escutam as palavras de São Jerônimo – Zurbarán, séc. XVII

      O grande doutor da Igreja São Jerônimo faz o seguinte elogio daquela que foi sua discípula e imitadora: “Mesmo que todos os membros de meu corpo se transformassem em línguas e tomassem voz, eu não poderia nada mais dizer que fosse digno das virtudes da santa e venerável Paula. Nobre de nascença, mais nobre ainda pela santidade; antes possante por suas riquezas, mais ilustre hoje pela pobreza de Jesus Cristo”
      Santa Paula nasceu em Roma a 5 de maio de 347, durante o pontificado de São Júlio I, no reinado dos imperadores Constante e Constâncio, em pleno desenvolvimento da Igreja, saída das catacumbas havia apenas 34 anos.
      Com a riqueza e a glória, Paula encontrou em seu berço a fé cristã. Foi educada no cristianismo pela mãe, num espírito de verdadeiro amor pela Religião e profunda aversão a tudo que se referia ao paganismo ainda pujante. Na gravidade e pureza de costumes, como convinha a uma patrícia romana cristã, Paula recebeu, a par de sólida formação religiosa, uma educação intelectual e artística esmerada. De origem greco-romana, aprendeu as duas línguas de modo a ler os clássicos de ambas com igual facilidade.
      Criança ainda, passava com desdém diante dos ruidosos lugares onde pompeavam os divertimentos pagãos, preferindo as catacumbas aos circos e teatros.

Grande dama, mas de vida inconseqüente
A santa nasceu durante o pontificado de Júlio I

      Aos dezesseis anos os pais a casaram com o nobre Júlio Toxocio, patrício romano da família de Júlio César, alma nobre e espírito delicado, mas infelizmente pagão. Como pôde uma família piedosa planejar tal aliança? Desejo de prestígio e de fortuna, passando por cima de tudo? Ou era movida pela idéia de que Paula acabaria convertendo o marido? Não o sabemos. Deus, entretanto, abençoou essa união com quatro filhas e um filho, que davam as melhores esperanças à mãe. No auge da felicidade e do luxo, Paula sempre se manteve honesta, mas deixava-se levar por uma vida mole e mundana, sem pensar muito na eternidade.
      De acordo com sua situação social, passeava pelas ruas da Roma imperial em liteira dourada portada por escravas, vestida de seda e ornada de jóias, receando colocar o pé em terra para não sujar seu delicado sapato. Mas, infelizmente, esquecia-se de que tinha uma alma imortal que devia salvar. Ao lado dessa vida luxuosa e por vezes inconseqüente, Paula era conhecida como mulher de conduta irrepreensível, citada como modelo de dama da velha cepa patrícia.

 Piedosa viuvez consagrada a Deus



      Estava, entretanto, nos planos da Providência que essa situação não fosse duradoura. Com efeito, no ano de 379 uma enfermidade arrebatou-lhe o esposo. Em meio à terrível provação, Paula foi tocada pela graça e decidiu-se a viver no futuro só para Deus e seus filhos ainda pequenos, numa viuvez consagrada, apesar de ter somente 32 anos de idade.
     A isso ajudou-a muito ter encontrado, no seio da sociedade corrompida de Roma, uma outra sociedade de igual nobreza, formada por viúvas e virgens pertencentes às primeiras famílias da Cidade Eterna, que levavam uma vida de piedade e boas obras sob a direção de Santa Marcela. Era o Cristianismo que, pela graça de Deus, vicejava nas mais altas classes sociais do Império.
     E assim foi até que, em 382, chegaram a Roma dois prelados, antigos anacoretas do deserto –– Santo Epifânio, bispo de Salamina, e Paulino, bispo de Antioquia –– para tomarem parte num concílio convocado pelo Papa São Dâmaso a fim de tratar assuntos da igreja do Oriente. Acompanhava-os um monge, Jerônimo, que já então tinha dado muito o que falar de suas virtudes.
     Santa Paula hospedou Santo Epifânio em seu palácio, ouvindo-o falar sobre os padres do Ermo e da vida monástica em geral. Ela compartilhava com Santa Marcela tudo o que ouvia, e ambas estudavam um modo de ir transformando seu pequeno “convento” segundo esse modelo ideal.
     Terminado o concílio, os dois bispos voltaram para o Oriente, mas São Dâmaso reteve o monge Jerônimo como secretário, encarregando-o da revisão das Sagradas Escrituras. As nobres mulheres tiveram grande proveito com essa presença tão santa, tomando como mestre o mortificado monge.
     Com isso tiveram origem as “reuniões do Aventino”, isto é, do palácio de Santa Marcela, onde São Jerônimo fez conferências sobre teologia e estudos bíblicos. Eram muito atentas suas aristocráticas alunas. Diz São Jerônimo: “O que eu via nelas de espírito, de penetração, ao mesmo tempo que de encantadora pureza e virtude, não saberei dizer”.
     Paula assistia às conferências com suas filhas, ouvindo o monge com a maior atenção. Jerônimo aos poucos compreendeu que aquela alma predestinada era chamada à mais alta perfeição, e a incentivou a prosseguir com decisão nesse caminho.
     A digna matrona, sentindo-se chamada a uma vocação especial, havia abandonado o leito de plumas, os vestidos de seda e as jóias deslumbrantes, trocando tudo por uma túnica de lã e cilícios. Ela recolhia os pobres sem lar, vestia os miseráveis, provia de alimentos e medicina os desamparados.
    São Jerônimo, que era enérgico e um tanto rígido para consigo mesmo, não consentia em suas dirigidas uma piedade apoucada. Exigia delas grandes horizontes e esmerada virtude. Propôs-lhes mesmo aprenderem o hebreu, para estudar as Sagradas Escrituras no original em que foram escritas. Como “não era possível encontrar espírito mais dócil que o de Paula”, ela e suas filhas puseram-se com empenho ao labor. Com o tempo, conseguiam cantar os salmos na língua em que foram compostos e ler as Sagradas Escrituras no original hebreu.
    Paula, no entanto, não negligenciava seus deveres domésticos e sociais. Mãe devotada, casou sua filha Paulina com o rico e virtuoso senador Pamaquio. A segunda, Blesila, casou-se, mas em pouco tempo ficou viúva e faleceu piedosamente em 384, aos 20 anos de idade. A filha Rufina faleceu em 386, restando-lhe a última, Eustóquia (santa), que acompanhou a mãe ao Oriente, onde faleceu em 419. O único filho de Paula, Toxocio, primeiramente pagão, fez-se batizar em 385 e casou-se em 389 com a patrícia Laeta, filha do sacerdote pagão Albino. Foi pai de Paula, a Moça, que em 404 uniu-se a Eustóquia em Belém, e em 420 fechou os olhos de São Jerônimo.


Junto à manjedoura de Jesus Cristo

    A virtude de Santa Paula não podia ficar impune para os mundanos. Logo se espalhou por toda Roma uma campanha de calúnias sobre as relações dela com São Jerônimo, o que obrigou-o a retirar-se para a Terra Santa. Na época, escreveu a Santa Marcela: “Tenho sofrido horrorosamente, mas isto o que importa para quem combate sob o estandarte de Cristo? Imputaram-me um crime infamante, mas sei ir ao reino dos Céus tanto pela infâmia quanto pela boa fama”. Tais eram os rumores, que Santa Paula viu-se obrigada a dividir seu patrimônio entre os filhos, reservando para suas boas obras apenas pequena parte. Devido a essa campanha organizada contra ela, mais as mortes de Blesila e de São Dâmaso no ano de 384, Santa Paula decidiu mudar-se também para a Terra Santa.
    Deixou os filhos Toxocio e Rufina aos cuidados de Santa Marcela, e levou consigo a fiel Eustóquia, que queria compartilhar sua sorte. No ano de 385, embarcaram para o Oriente. São Jerônimo, que as tinha precedido, reuniu-se a elas em Antioquia. Santa Paula e a filha fizeram primeiro uma piedosa e detalhada peregrinação pela Terra Santa, indo depois para o Egito a fim de edificar-se com as virtudes dos anacoretas e cenobitas que povoavam aquela região, principalmente São Macário, Santo Arsênio e São Serápio. Depois, cedendo a um desejo do coração, fixou sua residência em Belém, como já o havia feito São Jerônimo.
    Santa Paula edificou junto à igreja da Natividade dois mosteiros: um feminino, do qual ficou superiora, e no qual entraram sua filha e várias das viúvas e virgens que a haviam acompanhado à Terra Santa; outro masculino, que ficou sob a direção de São Jerônimo.
    A vida nos dois mosteiros era inspirada na dos grandes anacoretas do deserto. São Jerônimo diz que “as que em outro tempo gemiam sob o peso das jóias e brocados andam agora miseravelmente vestidas, preparam os lampiões, acendem o fogo, varrem os pisos, limpam os legumes, colocam na panela fervente as ervas, preparam as mesas e correm daqui para lá dispondo de tudo”. Santa Paula e Santa Eustóquia davam o exemplo em tudo, sendo as primeiras nos trabalhos mais vis.
    Uma coisa não conseguia São Jerônimo: diminuir as liberalidades de Santa Paula para com os pobres. Isso de tal maneira, que ela ficou reduzida à miséria, e ainda assim tomava emprestado para poder atender àqueles que a ela recorriam. Ela dizia: “Deus me é testemunha de que não faço nada senão pelo seu nome, e que só tenho um desejo: morrer na miséria e ser enterrada em um lençol emprestado”. São Jerônimo exclama admirado: “Que coisa mais admirável a virtude desta mulher, opulenta antigamente e hoje reduzida à última indigência!”
    Paula e Eustóquia tiveram ampla participação nos trabalhos de São Jerônimo, como sábias secretárias e tradutoras. Não é exagerado dizer que Santa Paula foi a alma da grande empresa –– a tradução da Bíblia Sagrada conhecida como Vulgata. Com efeito, ela ressentia-se da escassez da exegese bíblica dos ocidentais e pressionava o santo para que remediasse a isso. Mas Jerônimo opunha sempre as repugnâncias de sua humildade. “Se bem que muito santa, Paula não deixava de ser mulher, e de um espírito fino e penetrante. Pois bem: pediu-lhe ao menos que escrevesse alguma coisa sobre a menor das epístolas de São Paulo, a dirigida a Filemon, ainda que não fosse mais que uma página de quarenta linhas. Jerônimo caiu no laço: fez o que lhe pedia, e o resto veio depois. O ‘resto’ são seus grandes comentários paulinos. ‘Para que vejas o que pode sobre mim tua vontade’”.

                  Tal vida virtuosa, tal morte santa







 
Santa Paula morreu na Terra santa.

No ano de 395 os hunos, que encheram de ruínas o Império Romano do Ocidente, caíram como um raio sobre o Oriente. Os moradores dos dois mosteiros, com Jerônimo e Paula, fugiram. Entretanto os invasores voltaram atrás sem ter chegado ao Líbano, e os fugitivos voltaram aos seus mosteiros.
     No final do ano de 403, Santa Paula caiu enferma. Suas mortificações haviam debilitado seu organismo não muito forte. Diz São Jerônimo: “Paula havia, como diz o Apóstolo, percorrido sua carreira e guardado a Deus sua fé. A hora ia soar para ela, de receber a coroa e seguir o Cordeiro por onde Ele fosse. Ela, que teve a fome sagrada da justiça, ia ser satisfeita; e já, alegre, podia cantar: ‘Tudo o que ouvimos da cidade do Deus das virtudes, iremos ver agora’”.
     O bispo de Jerusalém e os da Palestina, e muitos monges e virgens, acorreram para junto do leito da digna agonizante. São Jerônimo e muitos sacerdotes e levitas já rodeavam seu leito. A ilustre Paula expirou santamente no dia 26 de Janeiro do ano 404, aos 56 anos de idade.

2 comentários:

Sheila Duarte disse...

É uma pena que essa igreja ainda esteja nessa situação.Gostaria de saber quais são os motivos que impedem a conclusão desta reforma.

mata verde disse...

O primeiro motivo é a falta de união entre os moradores e desigualdade política entre os mais importantes da comunidade.Outro fator que é inacreditavél é a falta de organização dos próprios religiosos que não tem coragem de pedir pela melhoria da igreja. Esta igreja já fez um ano sem comecar a reforma.
Que pena que um dos patrimônio histórico deste povoado estar nesta situação.